Direção e coreografia: Lya Bastian Meyer
Performance: Lya Bastian Meyer e elenco
Música: Georges Bizet
O espetáculo em três atos contava a história da heroína francesa Joana D’Arc, da infância à sua morte na fogueira.
Ao encenar um balé tendo como protagonista a santa francesa canonizada pela Igreja Católica, considerada uma heroína militar da França, ela criou uma forte dimensão expressionista. Mesmo sendo uma obra balética, carregava fortes influência da dança moderna alemã, de uma intérprete que estudou com Mary Wygmann. "Lya brindava as plateias dos teatros com um fino encantamento artístico e um aprimoramento estético que não perdia para os melhores grupos de dança dos Estados Unidos e da Europa. [...] Durante muitos anos, todos os movimentos de dança tiveram sua direta participação. Idealismo, coragem e talento, fizeram de Lya, com certeza, a número um nesta arte — a primeira-dama do balé que encantou os porto-alegrenses. [...] Pioneirismo, seriedade e talento fizeram dessa gaúcha um ícone na arte de dançar. [...] Elogiados pelo público e pela crítica da época, os espetáculos de dança tornaram-se inesquecíveis. Devido ao pioneirismo de Lya Bastian Meyer, a dança clássica se propagou pelo Estado, criando raízes, as quais serviram para divulgar o nome da bailarina e de sua escola".Machado, Janete da Rocha. "Lya Bastian Meyer: a grande dama do balé clássico gaúcho". In: XI Encontro Estadual de História da ANPUHRS: história, memória, patrimônio. Rio Grande, FURG, 23-27/07/2012
Lya brilhou nos palcos locais e internacionais com aclamadas apresentações em Berlim em solos como “A dança do fogo”, do balé “El amor brujo” e “Batuque”, criada a partir de música de Radmés Gnattali.